Carroça Mal Assombrada, procissão das Almas, o fantasma da igreja Matriz. Essas e outras estórias de arrepiar o cabelo, serão levadas pelo grupo de Teatro Tibanaré ao centro histórico de Cuiabá nesta semana, através da intervenção urbana Passeio Noturno.
A ação acontece na próxima quarta-feira, 13 de junho no centro histórico de Cuiabá, no período noturno e se estende nos próximos dias. Sem horário determinados para acontecer, a intervenção será realizada
até o próximo dia 16 sempre iniciando na praça da República e percorre diferentes calçadões da cidade, mostrando ao público o ambiente noturno da capital de Mato Grosso. Além da Cuiabá noturna, o Tibanaré apresenta ao público, algumas das lendas que compõe a história da cidade, porém seguem desconhecidas de grande parte da população.
“Queremos provocar o publico sem que ele esteja esperando. Usar a noite de Cuiabá, apresentando um outro olhar sobre a cidade e suas lendas, que a população em parte, desconhece. Para isso os atores prepararam personagens que rompem o imaginário, trazendo essas lendas através da voz, corpo, cheiro, imagem e os sons noturnos das ruas”, explica Fernanda Gandes, Produtora do Grupo Tibanaré.
O trabalho com Passeio Noturno surgiu em 2009 e logo foi aprovado pelo Edital da Funarte pelo Premio Funarte Artes na Rua em 2011. A pesquisa das lendas tiveram início em conversas informais, junto a jornalista e Mestre em Artes Naine Terena, que narrou algumas dessas lendas, que eram contadas pelo seu pai, o artista plástico Antonio João de Jesus. Antonio João ilustrou a obra Cuiabá Roteiro de Lendas, de Dunga Rodrigues, que posteriormente também serviu de fonte de pesquisa para a criação do roteiro do passeio noturno.
Segundo Jefferson Jarcem, diretor do Grupo Tibanaré, o Passeio Noturno já ganhou novo formato, mas ainda não será levado ao público. Para ele, a montagem é especial, pois é uma forma de se conhecer a cidade, de se realizar um roteiro turístico cultural e também educativo, pois Cuiabá é viva e não se pode deixar que parte da sua história, como as lendas, caia no esquecimento.
